quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Se PEC dos gastos tivesse sido aprovada em 1998, salário seria de R$ 400

Se as regras aprovadas na PEC do teto dos gastos tivessem entrado em vigor há 20 anos, a economia aos cofres do governo teria sido eficaz, mas o salário mínimo não seria nem metade do que é hoje: em vez dos R$ 880,00 atuais, receberíamos R$ 400,00, de acordo com o cálculo do economista Braúlio Borges, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), e obtido pelo Broadcast, da Agência Estado. 

A simulação foi feita aplicando as regras da PEC ao orçamento de 1998, quando a série histórica dos gastos do governo central teve início. 

Naquele período, os gastos eram equivalentes a 14% do PIB do país. Em 2015, já alcançaram 19,5% do PIB. Caso os critérios da PEC tivessem sido adotados, o percentural teria sido reduzido para 7% do PIB no último ano. 

Segundo o próprio economista, a conta não é muito precisa, porque se o gasto do governo tivesse sido muito menor, esse PIB poderia ter sido diferente. 

De 1998 até os dias atuais, o salário mínimo teve um crescimento real médio de 4,2% ao ano. E é muito provável que ele ficasse congelado em termos reais, apenas recebendo a diferença da inflação, de acordo com Borges. E isso consequentemente afetaria a distribuição de renda realizada nos últimos anos. 
A.Estado

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