sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dilma driblou seguranças e saiu de moto pelas ruas de Brasília, diz ministro

"Coloquei o capacete e saí andando de moto pelas ruas de Brasília." A revelação, com ares de felicidade, foi feita de forma absolutamente casual pela presidente Dilma Rousseff a um incrédulo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). 

"Eu também não acreditei na hora, mas, quando encontramos o Amaro no elevador, passei a acreditar", disse o ministro, ao perceber a reação dos repórteres à história. 

A conversa, segundo Lobão, ocorreu durante um encontro na semana passada. Lobão se referia ao chefe da Segurança Presidencial, general Marcos Antônio Amaro, com quem ele e Dilma esbarraram ao final da conversa. 

Dilma foi logo se gabando: "Nem ele ficou sabendo", disse, confiante de que sua escapada havia sido sigilosa. 

O general surpreendeu a presidente. "Fiquei sabendo, sim, mandei acompanhar a senhora", foi logo dizendo o chefe da segurança de Dilma, informando que havia orientado uma equipe a segui-la à distância para não acabar com o sentimento de que estava fazendo uma aventura às escondidas. 

Como se queixam alguns ex-presidentes, no Brasil o governante acaba desaprendendo a abrir portas com a própria mão. Ao relatar sua experiência, cuja data não foi revelada, Dilma contou ao ministro sua sensação de andar de moto pela capital: "Senti melhor os ares de Brasília". 

Foi um elogio poético, dado que a cidade passa pelo seu tradicional período de seca, quando a umidade do ar chega a níveis saarianos. 

É incerto se Dilma estava na garupa de alguém ou se arriscou-se a pilotar. Segundo o Palácio do Planalto, que não comentou a estripulia, a presidente não tem carteira de habilitação nem sabe dirigir motocicletas. 

Ainda surpreso pela revelação, Lobão cobrou da presidente os riscos de segurança envolvidos no hobby: "A senhora não tem de se preocupar só com você e a Paula [filha da presidente], tem de se preocupar também com 200 milhões de brasileiros". 

Dilma sorriu, agradeceu a preocupação do ministro, mas disse: "A vida é cheia de riscos. Tudo que se faz na vida importa riscos". 
Folha

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