quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

TRÊS PRÉDIOS DESABAM NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO.

Sobreviventes de um dos prédios que desabaram no centro do Rio na noite desta quarta-feira (25) lembraram do ataque terrorista de 11 de Setembro, nos Estados Unidos, por causa da nuvem de poeira formada depois do acidente.

"Pensei naquele prédio dos EUA, foi uma sensação muito estranha", disse o decorador Gilberto Figueiredo, 33.

Gilberto trabalhava a três semanas no edifício Liberdade, no número 44 da avenida Treze de Maio, na Cinelândia. O edifício, de 20 andares, e o Colombo, de dez andares, desabaram e jogaram escombros nos prédios vizinhos. Um terceiro prédio menor, onde funcionava uma loja de produtos naturais, acabou ruindo também.

A equipe de Figueiredo fazia reformas no 9º andar do Liberdade, colocando divisórias e pintando as salas de uma empresa instalada no local.

Quando começou o desabamento, ele disse que estava descendo de elevador e ouviu estrondos. Ao chegar ao térreo, disse que o prédio começou a desabar de vez, mas conseguiu escapar.

Um de seus funcionários, André Moraes, 38, também sobreviveu. "Não sei como estou aqui", disse ele, que ainda conseguiu salvar Cristiane do Carmo, 28, que havia contratado os serviços para a reforma da empresa.

Ela também chegou a tempo no térreo, mas foi atingida na cabeça por um pedaço de concreto e caiu no chão. Internada no hospital Souza Aguiar, Cristiane passa por cirurgia nesta madrugada.

Outras testemunhas contaram que, um pouco antes do desabamento, algumas pedras caíram do alto do Liberdade. Pouco depois, houve um estrondo e o prédio veio abaixo.

Ainda está em observação no hospital outro funcionário, Alessandro da Silva Franco, que despencou do elevador quando o prédio já estava desabando e também conseguiu sobreviver. Ao todo, cinco pessoas deram entrada no Souza Aguiar.

No início da madrugada, parentes de desaparecidos estavam na porta do hospital à procura de informações sobre as vítimas.

Segundo a prefeitura, as informações serão centralizadas em um posto montado no térreo do prédio da Caixa, na avenida Almirante Barroso.
Folha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário